One Direction Fever

- Vocês tem mesmo que fazer isso?- Choraminguei enquanto observava Liam e Teess dançando como se o mundo fosse acabar.

- Sim, isso é muito divertido!- Ela gritou a última parte, o seu hálito de álcool me fez revirar os olhos.

- Você só tomou três copos de vodca, pelo amor de Deus.- Eu ri quando ela deu de ombros, voltando a dançar com Liam que também estava bêbado.
- Deixa eles, vem dançar comigo.- Uma voz no meu ouvido me fez arrepiar, Zayn mantinha as mãos firmes na minha cintura, apertando de vez em quando.
- Sabe o que é?- Me virei para ele, circulando o seu pescoço com os braços.- Eu tenho que beber primeiro, depois dançar.
Ele sorriu com as minhas palavras, me guiando até o bar. Sentei no banco alto em frente à bancada e observei-o pedir duas doses de vodca para o barman, que rapidamente nos entregou os copos. Zayn virou o seu copo de uma vez só, sendo seguido por mim.
- Agora podemos dançar.- Me levantei num pulo, puxando Zayn comigo até a pista de dança. Conforme eu me mexia, sentia minha visão embaçar, as coisas estavam começando a girar ao meu redor, balancei a cabeça para ver se aquela sensação horrível passava, mas não estava adiantando. Eu parecia estar sobre o efeito de algo bem mais poderoso que eu, como uma droga.
- Você está bem?- Zayn me segurou pelos ombros, ajudando-me a permanecer em pé.
- Estou.- Sorri, lutando para não cair assim que suas mãos me soltaram, não iria estragar a noite por uma coisinha boba.- O que está esperando para continuar dançando?
- Eu só fiquei preocupado, as já que você está bem.- Zayn sorriu malicioso, me puxando para junto do seu corpo, senti seus lábios nos meus e me esforcei para pelo menos mexer a boca no seu ritmo. Sentia meus olhos pesando, e no momento que Zayn se afastou de mim sabia que ele já percebido tudo.
- Tudo bem, o que está acontecendo?- Eu já ouvia sua voz distante, minha cabeça parecia girar.
- Nada, eu só preciso ir no banheiro.- Sorri de lado, vendo-o assentir. Saí de perto dele, andando por entres as pessoas soadas. Meus olhos já estavam pesando, e eu mal conseguia ouvir os xingamentos que as pessoas desferiam contra mim. Assim que cheguei no banheiro apoiei meus braços na pia e olhei para o meu reflexo, eu estava com uma aparência normal, mas tudo continuava girando. Olhei de relance para trás, e antes de desmaiar pude ver alguém ali, me observando enquanto eu caia ao chão.

(...)

Acordei sentindo minha cabeça doer, eu não me lembro de ter saído da boate ontem. Olhei em volta, eu estava em um carro.
- Oh, você acordou.- Uma voz extremamente familiar soou, me fazendo cerrar os olhos. De onde eu conheço essa voz?
- Onde estou?- Perguntei com a voz baixa, ouvindo-a rir.
- Você já vai saber querida, apenas aguarde.- Ela me respondeu novamente, a voz extremamente familiar agindo de novo.
- Aguardar? Eu estou presa em um carro com uma pessoa totalmente desconhecida. Eu não vou me acalmar!- Me sentei no banco já alterando a voz.
- Já havia me esquecido com quem estou falando.- Ela suspirou, soltando uma risadinha logo em seguida.- Na verdade você mudou muito, era uma garota tão doce, e agora está ai totalmente agressiva e forte. Eu me orgulho de você Jessica.
- Quem é você?- Minha voz continha apenas raiva.
- Já disse para aguardar, tenha paciência minha querida.
- Não me chame de querida.
- Faz tanto tempo que não conversamos.- Ela suspirou novamente, isso já estava me irritando.- Eu senti sua falta.
- Mas que droga é você?- Gritei, vendo-a revirar os olhos.
- Cale a boca!- Ela exclamou , demonstrando raiva. Foi então que minha ficha caiu, eu estava todo esse tempo presa em um carro com "M".
- Quem é você?- Repeti a pergunta de antes, vendo-a parar o carro em frente a uma casa enorme, aparentemente abandonada.- Vai me matar?
- Oh, não.- Ela riu, abrindo a porta e me arrancando do carro a força.- Você ainda vai ser muito útil para mim querida.
- Não me chama de querida!- Gritei de novo, recebendo um tapa forte no rosto.
- Cala a boca e entra na merda da casa.- Ela me tirou do chão, me empurrando até a porta da casa. Entrei sentindo minha bochecha formigar.
- Eu vou matar você.- Pulei em cima dela, arriscando tudo. A garota se debateu em baixo dos meus braços, conseguindo me jogar ao chão. Tirei seu capuz e meus olhos se arregalaram quando vi os cabelos loiros caindo por seus ombros. Eles pareciam estar bem maior do que da última vez que a vi. Sua risada irônica ecoou pela sala antes mesmo que eu pudesse começar a entender qualquer coisa. Porque ela estava fazendo isso? Aliás, onde ela estava todo esse tempo? Essa garota sempre esteve por trás de tudo? Várias, perguntas ecoavam por minha cabeça, mas eu eu não tinha resposta para nenhuma delas.
- Está surpresa?- Sua voz fria me fez estremecer. É claro que eu estava surpresa.
- Porque está fazendo isso?- Foi a única coisa que consegui dizer no momento, ela riu fraco antes de responder.
- Eu já te disse um milhão de vezes querida, somente por vingança.